Hoje resolvi sair um pouco dos temas propostos pelo Castelo, o assunto nada tem haver com decoração e afins, mas está ligado de certa forma a elegância e sensibilidade, porém da pessoa humana.
Num espaço de uma semana, filho, marido e eu perdemos duas pessoas queridas e impares.
No meu convívio com elas aprendi lições, de integridade, honestidade, coragem e delicadeza. Nunca falei nada disso diretamente a elas e talvez elas nunca soubessem os grandes exemplos de vida que foram para mim.
Neste mesmo espaço de dias, em meio à correria da rotina, presenciei cenas lamentáveis que me levaram a pensar o quanto o ser humano está cada dia menos humano.
Refiro-me a falta de sensibilidade das pessoas, a ausência das pequenas gentilezas, gestos simples e solidários, como não negar um copo d’água a quem tem sede, sorrir ao cumprimentar alguém, pronunciar palavras mágicas como por favor e obrigado e principalmente saber respeitar o momento de silêncio alheio.
Não sou especialista, não sei quais são os fatores que estão transformando aos indivíduos, talvez a banalização da violência, a solidão, o medo, a miséria ou todos juntos.
Mas, tenho certeza que pessoas de grandeza e elegância humana estão cada vez mais raras neste mundo.
Por um mundo com mais Helenas e Magalhães.
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Anoitecer de sábado |
Paisagem da Janela (Beto Guedes)
Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja um sinal de glória
Vejo um muro branco e no vôo um pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal......